terça-feira, 31 de março de 2015

Tic-Tac com Vânia Jordão


Essa é a poeta e professora Vânia Jordão,
autora do belíssimo poema "Convite à Arte"
já publicado aqui neste espaço.

Em um Tic-Tac online, a fim de postar no
nosso informativo educacional "Poeme-se",
que será repassado a cada um dos nossos
alunos do 8º ano da EMEF Dom Pedro I,
obtivermos o seguinte resultado:



Um poeta: Manoel de Barros

Um poema: “Tabacaria” – Fernando Pessoa

Um cantor: Humberto Gessinger

Uma música: O mundo é um moinho - Cartola

Um romancista: Machado de Assis

Um livro: "Vidas secas" – Graciliano Ramos

Um personagem: "Macabéa" – Clarice Lispector

Um filme: "Cinema Paradiso"

Um soneto: "Soneto de Fidelidade" – Vinícius de Moraes

Um verso: "Todas as cartas de amor são ridículas" -  Fernando Pessoa

Uma dica de leitura: "Depois daquela viagem" - Valeria Piassa Polizzi

Se não fosse professora, ou que seria: Cantora

Uma frase que reflita tua profissão:
“Dançando num campo minado”, de Humberto Gessinger

Uma frase aos meus alunos com relação à leitura:
“A palavra, como se sabe, é um ser vivo”,
de Vitor Hugo



Profª. Vânia Jordão

domingo, 29 de março de 2015

Convite à Arte!

Aula nº 2 - 5 de fevereiro de 2015


Convite à Arte!


“Poeme-se...
Leminski-se...
Drummond-se...
E que o mundo Quintane-se!

Musique-se...
Buarque-se...
Lenine-se...
E que o mundo Caetane-se!”



Vânia Jordão





Profª. Vânia Jordão
'mulher de pura arte,
nas veias e na alma,
na palma da mão 
e no coração'





Por meio deste poema, que é um verdadeiro convite à arte, outras aulas foram encaminhadas, utilizando os versos de Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, 
Chico Buarque, Lenine e Caetano Veloso.




Com este belo poema, desenvolvemos em sala de aula, além do gosto da arte poética, o conhecimento relacionado à função poética, logicamente, já que é um texto em versos, porém, demos ênfase à metalinguagem do texto - à função metalinguística.


"Poesia faz bem pra alma"

Profª. Ms. Robson Luiz Veiga


sábado, 28 de março de 2015

Tinha uma pedra no meio do caminho!

Aula nº 1 - 2 de fevereiro de 2015
"Drummond-se"

No meio do caminho

“No meio do caminho tinha uma pedra 

tinha uma pedra no meio do caminho 
tinha uma pedra 
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento 
na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho 
tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho 
no meio do caminho tinha uma pedra.”



Carlos Drummond de Andrade




Costumo indagar aos meus alunos, logo após a leitura
e interpretação do poema "No meio do caminho"
do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade,
logo no primeiro dia de aula:
Qual a pedra no meio do seu caminho?
As respostas são variadas:
a Matemática, o dia de prova, a leitura de um livro,
saudade da terra natal, a convivência familiar,
a escola e toda sua tradicionalidade, e por aí vai...





Há 60 dias, os meus queridos alunos das turmas do 8º ano,
nada sabiam sobre Carlos Drummond de Andrade, nem se
poeta era - hoje porém, todos sabem, pelo menos, que 
Carlos Drummond de Andrade foi um poeta que nasceu
em Minas Gerais, e que atualmente em Copacabana, 

no Rio de Janeiro, lá se encontra uma bela estátua 
deste poeta, autor do enigmático poema "No meio do caminho.





Costumo levar ao pátio os meus caríssimos alunos,
principalmente quando temos uma aula de leitura de poemas,
denominada como Roda de Leitura; e numa destas rodas,
levamos 30 belos poemas de Carlos Drummond de Andrade.

Foi um colírio para os olhos e para a alma.



8º ano - EMEF Dom Pedro I - Rondon do Pará

Profº. Ms. Robson Luiz Veiga


Vamos fazer de Rondon do Pará uma casa de leitores!

Já pensou se a Secretaria Municipal de Educação de Rondon do Pará investisse pelo menos meio por cento do recurso que chega na conta do Fundeb em projetos que tenham como finalidade incentivar o hábito da leitura aos nossos jovens estudantes rondon-paraenses - tão logo faríamos de Rondon do Pará uma casa de leitores - grandes leitores, muitos leitores!




"De vento em Popa"
Projeto Educacional 
EMEF Dom Pedro I
Rondon do Pará


Meta
"desenvolver o hábito de pelo menos 4 leituras não-obrigatórias por mês"




"Incentivar o hábito da leitura é o nosso maior compromisso"
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga

quinta-feira, 26 de março de 2015

Poemando ao ar livre!

Levar o melhor da poesia da nossa estimada Língua Portuguesa pra sala de aula é uma tarefa primordial a todo educador que se preza - sendo assim, tiramos o dia a fim de deleitarmos nos mais puros versos da portuguesa Florbela Espanca ao ar livre.





8º ano A
Roda de Leitura


Fanatismo

“Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!"

Florbela Espanca






Quem disse que os nossos jovens estudantes não gostam de Ler?
Quem disse que os nossos jovens estudantes não gostam de Poesia?
E o que seria de nós, pobres mortais, sem Poesia?
Apenas pedras brutas num mar de Rosas!





Incentivar o hábito da leitura é o nosso maior compromisso!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga

quarta-feira, 25 de março de 2015

Felicidade clandestina!

Uma pergunta básica antes de começar efetivamente a aula:

Alguém aqui na sala já ouviu falar no nome de Clarice Lispector?

A resposta foi uníssona: um simples Não!




Depois dessa primeira indagação, ocorreram outras:

Recife é capital de qual estado brasileiro?

Qual é a dança tradicional do carnaval em Recife?

Qual é o nome carinhoso que recebe a cidade de Recife?





Depois de falar um pouco sobre Clarice, iniciamos silenciosamente a leitura do belíssimo conto Felicidade clandestina - e logo após, uma leitura compartilhada.






"No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre não caí nenhuma vez."

Felicidade clandestina
Clarice Lispector




Dialogando com este texto, citamos a jovem estudante Kaciane Marques
de dez aninhos, que desde o seis anos até agora já chegou a ler 407 livros.




Mostramos aos alunos que mediante a leitura de um texto, como este conto de Clarice,
somos capazes, enquanto leitores, de viajar sem lenço e sem documento pelo mundo mágico das letras, a ponto até de conhecer a Veneza brasileira, a terra do Frevo - 
patrimônio cultural imaterial brasileiro.


Profº. Ms. Robson Luiz Veiga


terça-feira, 24 de março de 2015

Poesia Rondon-Paraense


"Se nós, que somos rondon-paraenses, não valorizarmos a nosso cultura, 
quem, afinal, fará isso por nós? Pense nisso!"

Profº. Ms. Robson Luiz Veiga



Dentro do projeto educacional - Um poema nosso de casa dia - além dos grandes mestres da nossa literatura, também levamos pra sala de aula o melhor da poesia rondon-paraense - entre tantos,
 a obra do poeta e professor Sílvio dos Anjos, mediante o seu mais recente livro 
"Brincando com as palavras".






O poeta

"O poeta pensa em segundos,
explora muitas palavras,
escreve por muitas linhas,
organiza-se em versos,
elabora as suas estrofes,
transforma-as em livros
e eterniza-se por séculos"

Profº. Sílvio dos Anjos




Douglas - 8º ano B
EMEF Dom Pedro I
Rondon do Pará


O livro Brincando com as palavras de Sílvio dos Anjos é um daqueles que estão passando de mãos em mãos dentro do projeto educacional de incentivo à leitura De vento em popa, 
valorizando assim, a poética rondon-paraense.

domingo, 22 de março de 2015

1ª Oficina Poética - 2015



Na primeira oficina poética do ano, a homenageada foi a poeta portuguesa Florbela Espanca.



Frieza

“Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.

Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!

Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!

Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
“Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!”

Florbela Espanca






Amar

“Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar!”

Florbela Espanca





Alunos do projeto educacional De vento em popa
que participaram da 1ª oficina poética do ano


Após a audição de sonetos de Florbela Espanca
na interpretação de Miguel Falabella,
nossos caríssimos leitores tiveram o prazer de manusear alguns livros:
olhar a capa, ler o resumo, cheirar os livros...
e levá-los para casa.





 Ler ainda é o melhor remédio!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga


sexta-feira, 20 de março de 2015

Vai que cola!

"Livros não foram feitos a fim de ficar nas estantes;
antes, porém, passar por mãos em mãos"

Profªº. Ms. Robson Luiz Veiga




8º ano C
EMEF Dom Pedro I
Rondon do Pará



Com este lema é que nós propusemos iniciar o projeto educacional De vento em popa,
repassando os nossos próprios livros, como forma de empréstimo, aos nossos caríssimos
alunos das turmas do oitavo ano da EMEF Dom Pedro I, cuja meta é que cada um dos
integrantes do projeto tenha 4 leituras não-obrigatórias por mês - e que a leitura seja 
apenas pelo simples prazer de viajar pelo mundo mágico das letras.




"Vai que cola!"


Sempre deixamos alguns minutos do término de cada aula a fim de que o aluno possa manusear o livro. Sentir  cheiro do livro. Abri-lo. Lê-lo. De repente, vai que cola, e ele resolve levar para casa com o objetivo de chegar até a última página. Vai que cola!






Feito isso, já são 60 alunos que aderiram o projeto De vento em popa.
Ler um livro apenas pelo prazer de viajar, sem lenço e sem documento 
pelo mundo mágico das letras.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Não vou mais lavar pratos!

Quem disse que os nossos jovens estudantes não gostam de ler?




Entre os variados livros que estão nas mãos dos alunos das turmas do oitavo ano da EMEF Dom Pedro I, dentro do projeto educacional "De vento em popa", um dos mais procurado é o belíssimo livro de poemas de Cristiane Sobral - poeta de Brasília - cujo título é "Eu não vou mais lavar pratos".





Quem disse que os nossos jovens estudantes não gostam de poesia?




'Eu não vou mais lavar pratos
nem vou limpar a poeira dos móveis
Sinto muito. Comecei a ler.
Abri outro dia um livro e uma semana
depois decidi."

Cristiane Sobral


Incentivar o hábito da leitura é o nosso maior prazer!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga




quarta-feira, 18 de março de 2015

Incentivar o hábito da leitura é o nosso maior prazer!

Num país onde muitos tratam a biblioteca escolar como um depósito de livros, é meio difícil um educador colocar em prática um projeto educacional dentro da escola que tenha como objetivo incentivar o hábito da leitura. Desta forma, utilizando a própria sala de aula a fim de dar andamento ao projeto, preferimos levar os livros onde os alunos estão - a sala de aula, ao trabalhar com resenhas orais e escritas, e uma amostragem dos livros antes de começar a aula - afinal, de que vale uma escola se ela não é capaz nem de incentivar uma criança ou adolescente a ter amor por um livro?





De vento em popa
edição 2014
8ª série A




De vento em popa
edição 2015
7ª série B


"O professor Robson Luiz Veiga, de Rondon do Pará (PA), fez com a turma um clube de leitura que coube direitinho na foto. Com os livros e tudo!"

excerto publicado pela Equipe da Revista Nova Escola
17 de março de 2015

De vento em popa!

Incentivar o hábito da leitura é o nosso maior prazer!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga





De vento em popa é um projeto educacional que tem como objetivo incentivar o hábito da leitura aos jovens estudantes das turmas do 8º ano da EMEF Dom Pedro I, cuja meta é criar leitores que desenvolvam, sem pontos adicionas no diário escolar, uma média de 4 leituras não obrigatórias por mês, entre livros de poemas, de crônicas, de contos e romances.




EMEF Dom Pedro I
Rondon do Pará


Este é um trabalho desenvolvido em sala de aula, na qual levamos alguns livros, mostramos a capa, resenhamos oralmente o conteúdo, como forma de incitar o jovem estudante a levar o livro pra casa, dando-lhe um prazo de uma semana a fim de que o mesmo leia o livro - por vezes o estudante trás o exemplar no outro dia, com aquela carinha de quero mais. Dá trabalho, porém, é gratificante se considerarmos o resultado ao longo do ano. 




8º ano B


A pergunta inicial foi: quantos livros vocês leram no período de férias?
Nenhum! Essa foi a resposta advinda da boca de todos os alunos.
E agora? Atualmente são quatro livros por mês.
Embora há alguns alunos que estão lendo de 6 a 8 livros mensais.

Digno de nota!