domingo, 22 de março de 2015

1ª Oficina Poética - 2015



Na primeira oficina poética do ano, a homenageada foi a poeta portuguesa Florbela Espanca.



Frieza

“Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.

Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!

Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!

Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
“Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!”

Florbela Espanca






Amar

“Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar!”

Florbela Espanca





Alunos do projeto educacional De vento em popa
que participaram da 1ª oficina poética do ano


Após a audição de sonetos de Florbela Espanca
na interpretação de Miguel Falabella,
nossos caríssimos leitores tiveram o prazer de manusear alguns livros:
olhar a capa, ler o resumo, cheirar os livros...
e levá-los para casa.





 Ler ainda é o melhor remédio!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga


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