Na primeira oficina poética do ano, a homenageada foi a poeta portuguesa Florbela Espanca.
Frieza
“Os teus
olhos são frios como espadas,
E claros
como os trágicos punhais;
Têm brilhos
cortantes de metais
E fulgores
de lâminas geladas.
Vejo neles
imagens retratadas
De abandonos
cruéis e desleais,
Fantásticos
desejos irreais,
E todo o
oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te
invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver
neste mundo sem amar
É pior que
ser cego de nascença!
Tu invejas a
dor que vive em mim!
E quanta vez
dirás a soluçar:
“Ah! Quem me
dera, Irmã, amar assim!”
Florbela
Espanca
Amar
“Eu quero
amar, amar perdidamente!
Amar só por
amar: Aqui...além...
Mais Este e
Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E
não amar ninguém!
Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou
desprender?É mal?É bem?
Quem disser que
se pode amar alguém
Durante a
vida inteira é porque mente!
Há uma
Primavera em cada vida:
É preciso
cantá-la assim florida,
Pois se Deus
nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia
hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a
minha noite uma alvorada,
Que me saiba
perder... pra me encontrar!”
Florbela
Espanca
Alunos do projeto educacional De vento em popa
que participaram da 1ª oficina poética do ano
Após a audição de sonetos de Florbela Espanca
na interpretação de Miguel Falabella,
nossos caríssimos leitores tiveram o prazer de manusear alguns livros:
olhar a capa, ler o resumo, cheirar os livros...
e levá-los para casa.
Ler ainda é o melhor remédio!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga
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