quarta-feira, 25 de março de 2015

Felicidade clandestina!

Uma pergunta básica antes de começar efetivamente a aula:

Alguém aqui na sala já ouviu falar no nome de Clarice Lispector?

A resposta foi uníssona: um simples Não!




Depois dessa primeira indagação, ocorreram outras:

Recife é capital de qual estado brasileiro?

Qual é a dança tradicional do carnaval em Recife?

Qual é o nome carinhoso que recebe a cidade de Recife?





Depois de falar um pouco sobre Clarice, iniciamos silenciosamente a leitura do belíssimo conto Felicidade clandestina - e logo após, uma leitura compartilhada.






"No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre não caí nenhuma vez."

Felicidade clandestina
Clarice Lispector




Dialogando com este texto, citamos a jovem estudante Kaciane Marques
de dez aninhos, que desde o seis anos até agora já chegou a ler 407 livros.




Mostramos aos alunos que mediante a leitura de um texto, como este conto de Clarice,
somos capazes, enquanto leitores, de viajar sem lenço e sem documento pelo mundo mágico das letras, a ponto até de conhecer a Veneza brasileira, a terra do Frevo - 
patrimônio cultural imaterial brasileiro.


Profº. Ms. Robson Luiz Veiga


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